Dá-me a tua mão...
serás consolação
nas minhas fragilidades.
Comunga comigo
o zunido das vespas,
ajuda-me a despir
as banalidades.
Serás minha tábua
na transformação,
afluirá em mim a essência,
a transparência...
como azeite
no cimo da água.
E será Natal!
As correntes,
as antigas vestes
manchadas do mal,
serão lançadas nas celhas.
Vestirei o manto
branco das neves
debroado a verde pinho,
e ambos sorveremos
o mel das abelhas.
Contigo de mãos dadas...
seguindo as estrelas,
cantaremos um hino
junto ao presépio
do despido menino!
Oeiras, 2010-12-15
VIRGÍNIA BRANCO